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Como Garantir a Segurança Elétrica em Projetos com Componentes Eletrônicos

  • Foto do escritor: Laís E. Chaves
    Laís E. Chaves
  • há 2 horas
  • 4 min de leitura

Projetos eletrônicos representam o coração da automação moderna, de dispositivos médicos a sistemas automotivos, de placas industriais a produtos de consumo. Porém, qualquer circuito, grande ou pequeno, só tem um destino seguro quando nasce sobre uma base sólida de segurança elétrica.


Garantir segurança não é apenas evitar choques ou curto-circuitos. É criar um projeto capaz de resistir a falhas, eliminar riscos ao usuário, aumentar confiabilidade, reduzir perdas e permitir escalabilidade industrial.


Este guia reúne práticas essenciais para engenheiros, integradores, desenvolvedores de hardware e profissionais de testes que desejam projetar sistemas eletrônicos seguros, confiáveis e alinhados às normas atuais.


Como Garantir a Segurança Elétrica em Projetos com Componentes Eletrônicos.
Como Garantir a Segurança Elétrica em Projetos com Componentes Eletrônicos.

Garantir a segurança elétrica em projetos eletrônicos envolve aplicar boas práticas de dimensionamento de componentes, isolamento, proteção contra sobrecorrente, controle térmico, aterramento adequado e validações estruturadas. Seguir normas técnicas, realizar testes funcionais e adotar soluções automatizadas reduz riscos, melhora a confiabilidade e evita retrabalhos ou defeitos em campo.


Neste post iremos abordar:



Por que segurança elétrica é um pilar inegociável na eletrônica?


Sistemas eletrônicos modernos operam próximos de limites físicos de tensão, corrente, temperatura e velocidade. Sem proteção adequada, qualquer falha simples (um resistor subdimensionado, um diodo invertido, uma trilha mal projetada) pode gerar:


  • Queima de componentes

  • Riscos ao operador

  • Interferência eletromagnética

  • Falhas intermitentes difíceis de identificar

  • Custos com retrabalho, devoluções e recalls

  • Instabilidade crônica em campo


Nos setores que exigem alta confiabilidade (automotivo, aeroespacial, médico e industrial), ignorar a segurança elétrica compromete toda a cadeia de valor.


Como garantir a segurança elétrica em projetos com componentes eletrônicos?


Dimensionamento correto dos componentes


O primeiro passo para um circuito seguro é utilizar componentes compatíveis com o estresse elétrico real do sistema.


Avalie:

  • Tensão máxima (derating recomendado: 20% a 50% de margem)

  • Corrente máxima contínua e de pico

  • Potência dissipada

  • Temperatura operacional

  • Condições ambientais (umidade, vibração, poeira)

  • Categoria de isolação


Exemplo real:

Capacitores eletrolíticos subdimensionados podem entrar em falha térmica silenciosa, reduzindo vida útil do produto em meses.


Proteções elétricas indispensáveis


• Fusíveis e polyswitches

Previnem sobrecorrentes e curtos.

• TVS, varistores e supressores

Protegem contra surtos e transientes (ESD, EFT, lightning surge).

• Diodos de proteção

Protetores de polaridade e de back-EMF (essenciais em relés, motores e bobinas).

• Reguladores com mecanismos de proteção

Como OCP, OTP, OVP e foldback.


Esses dispositivos impedem que uma condição temporária se torne um dano irreversível.


Isolamento: galvânico, estrutural e funcional


Isolamento protege tanto o circuito quanto o usuário.


  • Optoacopladores

  • Transformadores de isolação

  • Drivers isolados para portas de potência

  • Barreiras de isolamento físico no PCB


Em automação industrial, onde tensões de 24 V dividem espaço com redes de 220 V, isolamento adequado é obrigatório para evitar arcos e descargas.


Aterramento correto e caminhos de retorno


Um sistema sem aterramento bem projetado:


  • Gera ruídos

  • Causa falhas de comunicação

  • Aumenta interferência eletromagnética

  • Eleva riscos de choque elétrico


Boas práticas:


  • Terra único para referência de sinal

  • Planos de ground sólidos

  • Trilhas curtas para correntes altas

  • Separação entre terra de potência e terra digital


Segurança térmica: o vilão invisível dos projetos


Calor excessivo é responsável por grande parte dos defeitos crônicos em campo.


Inclua:

  • Dissipadores e ventilação adequada

  • Cálculo de dissipação de potência

  • Materiais térmicos (pads, pastas, grafite térmico)

  • Sensores de temperatura e desligamento automático


Placas densas, como as utilizadas em dispositivos médicos e automotivos, exigem análise térmica desde o layout.


Layout seguro para PCB


Um bom layout evita falhas.


Checklist essencial:


  • Distâncias de isolação respeitando normas (creepage e clearance)

  • Trilhas de alta corrente mais largas e com via stitching

  • Separação entre sinais sensíveis e linhas de potência

  • Plano de terra bem distribuído

  • Polos positivos inclinados para dificultar inversão do conector


Conectores e cabos: o elo mais frágil


Em muitos projetos, conectores não são escolhidos com o mesmo rigor que componentes.


Cuidados:


  • Conectores com travamento mecânico

  • Cabos dimensionados para corrente contínua + pico

  • Proteção contra inversão

  • Identificação clara (silk, cor, chaveamento)


Equipamentos como o Testador de Cabos e Chicotes Automatizado da Engenharia Híbrida ajudam a validar continuidade, inversões e falhas de montagem com precisão.



Normas técnicas: o mapa obrigatório da segurança


As principais normas ligadas à segurança elétrica incluem:


  • IEC 61010 – Segurança de equipamentos elétricos de medição e controle

  • IEC 60664 – Regras de isolação

  • IEC 62368 – Equipamentos de TI e áudio/vídeo

  • NR-10, NR-12 e NR-17 – Segurança elétrica e máquinas no Brasil

  • IPC-610 / IPC-2152 – Critérios de montagem e dimensionamento de trilhas


Seguir as normas desde o início evita retrabalho, falhas, multas e rejeições em auditorias.


Testes: o passo que separa teoria de realidade


Testar é tão importante quanto projetar.


Testes essenciais:


  • Testes funcionais

  • Testes elétricos

  • Testes de firmware

  • Testes de continuidade

  • Testes automatizados com rastreabilidade


Soluções como a Jiga de Teste CNC e o Controlador Universal de Testes All-in-One Hub garantem repetibilidade e segurança industrial.


Saiba mais:



FAQ – Perguntas comuns sobre segurança elétrica


1. Qual o erro mais comum em projetos eletrônicos?

Subdimensionar componentes (principalmente tensão e dissipação térmica).

2. É obrigatório seguir normas?

Sim, em produtos comerciais, normas determinam segurança mínima exigida.

3. Quanto isolamento é necessário?

Depende da tensão, ambiente e categoria do equipamento (consultar IEC 60664).

4. Posso confiar apenas nos testes manuais?

Não. Testes manuais são lentos, suscetíveis a erro humano e sem rastreabilidade.

5. Como evitar falhas que só aparecem no campo?

Combinando boas práticas de projeto + validação automatizada + análise térmica e de sobrecorrente.


Se você precisa testar placas eletrônicas, dispositivos, cabos ou chicotes com segurança e repetibilidade, a Engenharia Híbrida oferece soluções completas com automação, rastreabilidade total e inteligência artificial.


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